nervo craniano zero

o grupo vigor mortis sempre faz peças e vídeos com um terror trash + humor. os filmes ganharam diversos prêmios, e suas peças são sempre muitíssimo, mas muitíssimo bem recebidas.

mas então, antes de falar da peça, o grupo. eles fazem coisas geralmente relacionadas ao horror, mas um horror legal, um trash mas sem ficar banal, sabem? sempre utilizando de recursos bacanas e cenários idem, desde 1997. o tempo foi passando e a criação foi ficando cada vez mais legal, com morgue story (que eu não vi, mas parece ser massa), manson superstar e nervo craniano.

agora o que eu vim falar, né, a peça. é ótima. o cenário é bem limpo e bem apropriado, os recursos visuais são bem legais e nem um pouco clichês e direção e atuações fantásticas. são três personagens: uma menina interiorana, dessas que querem ser cantoras em programas a la raul gil, interpretada pela rafaella marques, e gente que guria ótima, um médico que saiu do conselho de medicina, interpretado pelo leandro colom e uma mulher peruona e poderosa. e a direção maravilhosa é a do paulo biscaia filho.
e o roteiro nem um pouco óbvio, se trata de um chip que é instalado no nervo craniano zero, para estimular a criatividade e inspiração criativa, uma coisa que é ótima né, porque quem que curte escrever/atuar/pintar/diabo a quatro não gostaria de ter inspiração o tempo todo? e... daonde ela vem?

cheio de sangue, tripas e corações de mentirinha, é uma peça bem divertida, engraçada, e díficil de ser feita (super minha opinião) porque é muito fácil cair em um lado banal e desnecessário, as atuações ficarem puxadas e sem graça, mas é só colocar limpeza, bons atores e uma boa direção que dá tudo certo. fazia tempo que não via peça tão bem estruturada e boa (desde hamlet)

mas só até amanhã (só até amanhã nas magazines luiza), dia 18, às 18:00 e 21:00, por 20 a inteira no teatro da caixa, do lado do guaíra, na conselheiro laurindo.

pra ter uma ideia básica, eis aqui a reportagem do festival tv: