sábado, 26 de dezembro de 2009

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O cinema está cheio de super produções sem graça. Grande preconceituosa que eu sou, fui à sala de cinema pensando que seria o clássico filme em que o roteiro era substituído por efeitos especiais. Pois de fato, quantos filmes que se assistem tem um roteiro completamente falho com efeitos especiais maravilhosos para as pessoas saírem da sala falando: que filmão!, quando na real o filme não acrescenta e não tira nada. Irreversível é um filme com um roteiro fraco, porém se substitui de uma forma de linguagem específica e acrescenta alguma coisa, um típico filme soco na cara, que você assiste com os olhos esbugalhados... ou seja, é um bom filme. Agora, filmes cujo só hajam explosões e coisas mirabolantes e um trailer tosco americano, nem um pouco originais (satirizados principalmente pelo ótimo videozinho do youtube, Morte dos Lactobacilos Vivos) são simplesmente inúteis e só servem pra ganhar dinheiro, porque atraem muitos espectadores que não sacam a real alma do cinema, pois cinema não é uma máquina de arrancar dinheiro, mas sim uma arte. A arte virou uma máquina de tirar dinheiro, mas a REAL arte não é assim. Mas enfim, não é esse o assunto principal, digamos.

Fui ao cinema com essa visão. De que ia ser um filme ruim. Decepcionei-me comigo mesma, pois é um filme maravilhoso. Os efeitos especiais são excelentes, acrescenta algo sim, e apesar de não ser um filme do meu gosto (é um filme de ficção científica) é ótimo. É ótimo por essa coisa do ser humano ser interessado pela riqueza e sem dar bola para as coisas maravilhosas e muito mais ricas que a natureza ou a alma podem fornecer. Pode parecer papo clichê e tosco, mas essa é uma das coisas mais destrutivas que existem atualmente. O interesse pelo material e desinteresse completo pelo o que não se vê.

Uma das únicas superproduções que me interessaram.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jean Charles.


Histórias reais no cinema sempre nos interessam, mesmo que já saibamos o seu final. Interessam porque o filme é um espelho da realidade, lógico que mais fantasioso, mas foi algo que aconteceu com uma pessoa de verdade, num momento de verdade. E quando esse momento chocou muitas pessoas de muitos lugares, não tem como não ficar apreensivo. E assim é o filme protagonizado pelo Selton Mello: realista. Brasileiros de verdade que tentam uma nova vida longe daqui, aquela brasileirada louca (e feia) nos shows do Sidney Magal, e a atuação do Selton Mello e do genial e engraçadíssimo Luís Miranda.
Não é propriamente um bom filme ou a melhor atuação do Selton Mello, mas quando você vê a tristeza do último dia dele, da tristeza dos primos, da família, do país inteiro, você automaticamente se simpatiza com o filme e sai da sala do cinema com as pernas tremendo, querendo justiça, querendo as coisas certas do jeito certo. Toda injustiça deve ser paga com o mesmo preço, a diferença é quando não existe preço.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Slumdog Millionaire.


O filme começa com Jamal, de 18 anos, em um programa de auditório, de perguntas e respostas, valendo muito dinheiro. Todo mundo sabe, esses programas são alucinantes, pois como Latika (Freida Pinto) diz: "É uma chance de escapar". E o povo da Índia, no meio de toda aquela miséria, o que mais quer é escapar e ter a esperança.
Logo depois, aparece ele sendo torturado. Afinal: um menino sem estudo ganhar todo aquele dinheiro em um programa de perguntas e respostas? É lógico que tem alguma coisa estranha no meio.

Atrás da beleza do Taj Mahal, há toda a miséria, muito bem retratada nessa obra do diretor Danny Boyle (maravilhoso!) com cores, movimentos, vida, emoções, visões, tristeza, realidade...
Confuso a primeiro olhar, se acostuma com essa deliciosa confusão e as histórias temporariamente paralelas do próprio Jamal (protagonista), da Latika, e de seu irmão, Salim.

Misturando estilo do próprio Danny Boyle com o estilo Bollywood, e apesar de ser tão aclamado pela mídia, nada esteriotipado, vale a pena ser visto, visto, visto e revisto. Emociona e choca. Dou minhas cinco estrelinhas bem amarelas e bem brilhantes.

- E baixem a trilha sonora.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Milk- A Voz da Igualdade


Do genial diretor Gus Van Sant, surge um dos melhores filmes de 2009: Milk. Após ter dirigido filmes cults como Elefante, Paranoid Park, Last Days e o aclamado Gênio Indomável, eis que surge uma de suas maiores obras primas, vencedor de 2 Oscars, dentre eles de melhor ator, o Sean Penn, maravilhoso! Foi de machão-espanca-madonna para o primeiro político gay assumido dos Estados Unidos, numa interpretação de chorar de emoção.

Para início de conversa, quem foi Harvey Milk? Foi um político estadunidense, como todo mundo sabe. Mas o que a maioria não sabe é de sua importância, seu impacto. Ele marcou história correndo atrás do que ele queria: mudar. Mudar a mentalidade preconceituosa daquela época, e que perdura até hoje. Dessas leis de Deus, e as típicas pessoas que acham que "existem forças do mal, até disfarçadas de coisas boas querendo destruir a unidade familiar", como Anita Bryant disse, e ela realmente existiu, mas sobre ela não preciso dizer muita coisa, você provavelmente conhece muitas Anitas pelo mundo que veem amor como coisa ruim.

O filme conta com atuações bem legais do James Franco, o Harry do "Homem Aranha", e do Diego Luna, que fez o Tenoch do "E Sua Mãe Também", do Pedro (aaaaaaah) Almodovar.

É um filme forte. Que te dá um tapa na cara, e que depois disso, você chora, chora, chora, chora. De emoção, de raiva, de paixão! E o mais legal de tudo é que tudo realmente aconteceu.

Para ver:

thecastro.net

ASSISTAM!!!!!!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Elliott Smith!


É díficil explicar sobre o Elliott Smith, assim como é díficil falar de algum sentimento, pois ele é o próprio sentimento, que ele mesmo criou, de estar em um quarto fechado, cercado apenas de cigarros, garrafas velhas de Heineken, uma ou outra seringa, sem ninguém por perto e um violão. Todo mundo teve seu dia Elliott Smith, não há dúvidas.

Sobre Elliott Smith
Nasceu em Omaha, 69, um menino chamado Steven Paul Smith, mas logo se mudou para o Texas, tanto que ele tinha até uma tatuagem de lá no seu braço. Seus pais eram separados, e ele teve problemas bem sérios com o seu padrasto, como estupro (!)
.Se mudou para outra cidadezinha do Texas, dessa vez com seu pai, aos catorze anos de idade. Daí ele teve sua primeira experiência com drogas e álcool.
.Se formou em Filosofia na faculdade de Massachussets (ai coisa legal de se falar), e daí ele formou a banda Heatmiser.
. Ele já concorreu a um Oscar, pela música Miss Misery, que tocou no filme "Gênio Indomável" do aclamado diretor Gus Van Sant. Ele foi de Elliott Smith: seu terno branco sujo, banquinho e violão. Perdeu para a Celine Dion, com a música tema do Titanic, My Heart Will Go OoOoOooooooOOOOOOnn, que foi, nem precisa dizer, uma mega produção.

Suícidio
-Elliott Smith se matou dia 21 de outubro de 2003, com facadas. Alguns dizem que foi no peito, outros que foi na perna. Outros dizem que foi suícidio, outros dizem que foi a namorada dele. Não restam dúvidas de que ele era um suicida em potencial, como dá para se notar em 99% de suas músicas, além de que ele já teve uma tentativa de suicidio, mas foi impedido por árvores. Sim, ele ia se jogar de um precipício, mas ficou engatado em uma... árvore! Por mais que ele tenha falecido, sua obra perdura, e com absoluta certeza ele foi muito importante para a música alternativa, lo-fi e folk.

Discografia

Roman Candle (1994) - Destaque para Last Call
Elliott Smith (1995)- Destaque para Needle in the Hay
Either/Or (1997) - Destaque para Between the Bars
XO (1998)- Destaque para Pitseleh
Figure 8 (2000)- Destaque para Junk Bond Trader
From a Basement to the Hill (2004- álbum póstumo)- Destaque para Twilight
New Moon (2007- álbum póstumo)- Destaque para New Monkey

Manu Chao vem pro Brasil!


Aaaaah! Não é só Radiohead que vem pra cá no começo do ano, não! O artista natural da frança, Manu Chao, mescla muitos gêneros musicais diferentes, reggae, música latina mesmo, ska, música alternativa...
Mas não é a primeira vez que ele vem pro Brasil, não. E aliás, foi super bem recebido pelo Caetano Veloso (!)

Ele vem dar uma passadinha em São Paulo, dia 11 desse mês, no Espaço das Américas, e vai custar uns salgadinhos 90 reais, mas estudantes ou com 1 kg de alimento, entra com 45 reais. O show começa às 21:30.

Na terra dinossosinhô, Salvador, o show é dia 13, e começa cedinho, às 18:00, na Concha Acústica.

Em Aracaju, Sééérgipe, dia 14 vai ter Manu Chao DE GRAÇA na praia, mas daí tem que aguentar Charlie Brown Jr, mas compensa, hehe.

Em Brasila, dia 16, às 10 horas, rola o show no Arena Futebol Clube! É em frente à AABB (não sei aonde é esse AABB)

Em Curitiba (yeaaah!!!!) dia 17 no Curitiba Master Hall, às 21:30, o show vai ser 38 reais, e se compra lá no Mueller ou no Disk Ingressos, galiera.

No Rio de Janeiro dia 19, vai rolar na Fundição Progresso por 35 a meia entrada e começa às 22:00! Podem comprar lá na Bilheteria da Fundição Progresso/ Lojas South/ Lojas Banco de Areia/ Posto Bouganville!

Em Camboriú-gente, quanto show!- vai ser no Rancho Maria's dia 20, às 22 horas!

E a turnê se fecha em... tananananã, RECIFE! Com a súúúper banda Mundo S/A, dia 22!

Coooorram comprar os ingressos, galera, vale a pena!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bicho de Sete Cabeças.


O cinema brasileiro, apesar de não ser muito divulgado, é muito rico, principalmente por críticas sociais.
Bom, todo mundo sabe. A maior parte das tais críticas estão voltadas para a parte da favela, da pobreza, da miséria. Mas tem muita mais coisa: o sistema manicomial péssimo de hoje em dia.
Um bosque lindo pela frente, mas atrás, todo mundo andando sujo, e ficando louco cada vez mais. Muito mais louco que fora.
A atuação do Rodrigo Santoro está fantástica, incrível. Ele é um jovem rebelde, nada mais do que isso. Quase não existe um jovem que não tenha fumado uns com os amigos, brigado com os pais, ou coisa do gênero. Mas existe muita, muita, muita hipocrisia na sociedade em geral. Mas como é o ditado, o maior cego é o que não quer ver. E tem muita verdade pra ser dita nesse mundo.
Quem acha que cinema brasileiro é uma droga, deve ver esse filme. Além de muito bom, te faz pensar. Coisa que falta nas pessoas. Pensar.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Wall-e


Wall-e é um robô solitário que está na Terra para limpar o planeta. Em um dia qualquer, ele encontra uma robô chamada Eva, que está a procura de vida, pelo qual ele se apaixona.
Bem, Pixar é Pixar e isso não tem jeito. Os filminhos que aparecem antes da sessão sempre são geniais, tanto que tem até um dvd só com essas curtas, por exemplo.
Wall-e é com certeza o personagem mais carismático de todos os produzidos pela Pixar, mesmo sem falar muito durante o filme. Não se vê ele falando mais do que "Eva" ou "diretriz" durante os 97 minutos de filme. Mas é tão genial essa ausência de falas, que as cenas com os humanobesos fica até sem graça.
Além de, é claro, aquela sempre presente crítica aos ecologicamente incorretos, Wall-e surpreende.

Uma animação simples, muito bem feita, com sensibilidade, inteligência e carisma. Vale a pena ser visto uma, duas, três vezes.

Tem na Fnac o dvd, e a versão em Blu-ray. R$44,90 e R$129,90, respectivamente, além de mil bonequinhos por preços não muito razoáveis :)